"Adormeceu suavemente e santamente em Deus o muito competente e honrado senhor Johann Sebastian Bach, compositor da corte de Sua Majestade Real de Polônia e de Sua Alteza o príncipe de Saxe, Mestre de Capela do príncipe de Anhalt-Coethen e Chantre da Escola de São Tomás. De acordo com o costume cristão, seu corpo foi hoje dado à terra, no cemitério de São Tomás". Era sexta-feira, 31 de julho de 1750. E a voz forte do pastor da igreja de São João de Leipzig, na Alemanha, anunciava que três dias antes a música ficara órfã. O grande Bach havia morrido. Foi-se sem realizar alguns sonhos, entre eles o de conhecer outro gênio da música - Georg Friedrich Haendel - e de ver reconhecido o valor da música de boa qualidade. Mas jamais desejou aplausos. Seu caráter disciplinado e modesto não permitia tais pequenezas. Apenas amava a música e desejava vê-la reverenciada da mesma forma que ele o fazia. Em certa ocasião, executava bela peça ao órgão quando seu interlocutor interrompeu-o, aplaudindo entusiasticamente. Muito contrariado, Bach foi ríspido na resposta: "Não há nada que admirar! Basta ferir a nota certa no momento preciso. O resto pertence ao órgão". J.S. Bach: operário e senhor da música. (Sônia Vinas e Alexandre Zaghetto)
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por The Cuckoo’s Nest
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